Com os avanços da medicina, muitos foram os ganhos para quem precisa fazer uma cirurgia de baixa ou média complexidade. Antes restritas aos grandes centros médicos, essas operações passaram a ser feitas em hospitais-dia.

Com os avanços da medicina, muitos foram os ganhos para quem precisa fazer uma cirurgia de baixa ou média complexidade. Antes restritas aos grandes centros médicos, essas operações passaram a ser feitas em hospitais-dia, onde a pessoa entra, faz a cirurgia e pouco tempo depois já está liberada. Esse novo conceito de hospital tem entre suas principais vantagens a redução do tempo de internação e, com isso, a conseqüente diminuição do risco de infecções hospitalares. Fora isso, o sistema também é menos custoso. “Com o advento da videoendoscopia, procedimentos cirúrgicos que até então precisavam de grandes incisões agora podem ser realizados com cortes muito menores, o que permite uma recuperação mais rápida em ambiente domiciliar e com muito menos dor. Dessa forma, 90% das cirurgias ‘minimamente invasivas’ são feitas em ambiente de hospital-dia, sendo possível atender a quase todas as especialidades médicas”, afirma Ronald Freire, gerente médico do Fleury Hospital-Dia. “Uma cirurgia de catarata, por exemplo, não dura mais que 15 minutos”, exemplifica. Os números da última Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Brasil, aos poucos, se rende à tendência de desospitalização. Os estabelecimentos de saúde com leitos para internação representavam 11% do total em 2002 e diminuíram para 9,3% em 2005. Na outra ponta, a de estabelecimentos de saúde sem internação, o número de unidades em todo o País aumentou 19,2% em 2005 em relação a 2002